É o bem que cai por terra
A vida que se encerra.
Quando o perdão não basta
E o mal se alastra.
É a alma clamando por outro caminho
Mesmo que seja sozinha.
Qu´ esconde a cicatriz que a vida feriu
Dentro desse imenso vazio.
Pro coração, digo outra vez não!
Não serei refém de ninguém.
Parto pro ataque e que vença o melhor
Esse parto deu-me a luz. Há uma chance entre cem.
Abraçar a vida e fazê-la maior
Ver o mapa que conduz para a estação do bem.
Mas pro coração, digo outra vez não.
Não serei refém de ninguém.
A solidão me abala
O velho orgulho cala
Quando sozinho digo:
- Onde estão meus amigos?
Um mundo mágico sonhei pra nós dois
E acordei um tempo depois.
Fez-me provar do gosto amargo do fel
A desgraça me aconteceu.
Pro coração digo outra vez não
Não serei refém de ninguém.
Parto pro ataque. Ofereço meu suor
Sofro as dores dessa cruz. Valho quase um vintém.
Vê-se que, de longe, não dá pra ficar pior.
Lanço sangue, lanço pus. Ouço as vozes do além
Mas pro coração digo outra vez não
Não serei refém de ninguém.
setembro/2006
sábado, 6 de junho de 2009
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