quinta-feira, 28 de maio de 2015

Madrigal

Dama da noite, sinto florir.
Presentear meu coração.
Traz-me alegria, faz-me sorrir.
És poesia, bela canção.

Rosa dos campos desabrochar.
Manhã de outono dentro de mim
Sinto no peito o amor pulsar
Em minhas veias doce carmim.

Tarde de maio, sol reluzente.
Esconda-se o sol! Mostre ao mundo
O vislumbre desses olhos no poente.

Querubim que, do céu, vem vindo.
Acalanto do corpo, da mente.
Madrugada num sonho lindo.
Maio/2015

Água Pura

No pensamento, tudo muda. Mas um momento te fez virar meu mundo. Lembrar você, a cor dos olhos, Teus cabelos ao vento.
Fico assistindo o que, em ti, a natureza rege Incluindo toda essa vida que criei. Pois o sol nos aquecia junto às pedras, Mas senti frio quando, de ti, me afastei. As raízes que em mim estão Criam mãos gigantescas até você
E te arrastam de volta para mim. . . Lembrança! Te arrastam de volta para mim. . . Saudade!

Teus olhos, dois universos
Cheio de cores. . . Loucura!
Da tua boca, a água pura. Insaciável vontade de beber.
Fico assistindo o que, em ti, a natureza rege Incluindo toda essa vida que criei. Pois o sol nos aquecia junto às pedras, Mas senti frio quando, de ti, me afastei.

As raízes que em mim estão Se transformam em pontes até você.

E me levam agora para ti . . . Saudade!
Fazem do ontem, o agora junto de ti . . . Lembrança!

Maio/2015




terça-feira, 4 de setembro de 2012

Presente esquecido

Quando eu te encontrei,
Descobri o real sentido do viver.
E então me apaixonei. . .
Minha vida baseou-se em você.

O céu foi o limite.
Pr´um sonho, o convite.
O amor em mim nasceu,
Por inteiro me envolveu.
Não haveria fim
Isso dentro de mim.
E tão cego fiquei,
Que nisso acreditei.

Eu hoje to aqui
Vendo vultos que me insistem atormentar.
E o tempo que perdi,
Nem sei se vou conseguir recuperar.

Um sentimento louco,
Corroe-me pouco a pouco.
Me faz envelhecer,
Nem mesmo me reconhecer.
Feliz, um dia fui.
Apagaram minha luz.
E a noite é permanente,
Em meu coração doente.

Hoje estou perdido,
Andando sem sentido
Vou procurando abrigo
Pra alojar a dor.
As lembranças acabam comigo
E o que tenho sofrido
É um sentimento antigo
Que, de nós restou.

O céu foi o limite.
Pr´um sonho, o convite.
O amor em mim nasceu
E por inteiro me envolveu.

Feliz, um dia fui.
Apagaram minha luz
E a noite é permanente
Em meu coração doente.
Setembro/2012


domingo, 16 de outubro de 2011

Plano de Morte


Nessa hora em que a solidão me agride
Impiedosa e cruelmente me faz querer
Morrer. Num buraco me enfiar. Fenecer.
Chorar. Que anoiteça, faleça, me suicide


Me joga com força no chão e humilha
Destroi minha mente. Me faz envelhecer
Lamentar, nem mesmo me reconhecer
Me Ilude, desgraça, putrefaz, encilha


Nessa hora parada, inanimada só quero
A certeza de que pra ninguém faço falta
A dimensão exata e fiel do número zero


Quem sabe me jogar duma ponte bem alta
Nos milésimos de dor meu lamento lacero
Nos segundos de coragem a agonia me exulta
Outubro/2011

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Concúbito


Quero envover teu corpo ao meu
Delicadamente tocar-lhe o lábio
E sentir de leve o seu arrepio
A cada beijo um novo apogeu.

Morder sutilmente o bico do peito
Sussurrando poema em seu ouvido
Fazer você perder todo o sentido.
Com você o amor mais perfeito.

Quero te fazer minha mulher
A cada tarde quente de verão.
A cada fabuloso amanhecer

Acordar se exaurindo de tesão
Tendo o sentido pleno do viver
Entrelaçado contigo no colchão.
Dezembro/2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CARDIO PUTREFAÇÃO



Em meu peito não bate um coração
Habita um músculo que está morto
Que sofreu uma espécie de aborto
E causa minha própria destruição.

A reciprocidade de aniquilamento
Quiçá seja excesso de amor perdido
Ou sentimento muitas vezes ferido
Ou extrema agonia de pensamento.

Fiz-me há tempos vão, indiferente
Repudiando o sentido da vida
Putrefando-a permanentemente

Por vezes sinto a mente dolorida
Olho no espelho uma face doente
Que se despede. Que espera partida.
setembro/2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Encanto.



O ar soprando de encontro a mim
É teu respirar vindo mansinho
Traz-me beleza, doce carinho.
Não esperava um amor lindo assim.

Vou circundar-te de rosas e flores
Quero te ver como um anjo do céu
Desenhar-te linda num branco papel
Fazê-la arco-íris, em vivas cores.

Quero te ver deusa, Afrodite em meu viver...
Refletindo em bela e pura poesia
Tua face no céu brilhar, resplendecer.

As palavras que jamais entenderia
Como um sonho impossível de escrever
Tu és fada que me encanta em alegria.

Abril/2003